Esperançar: verbo em movimento
Não é quietude vã, nem brado adormecido,
mas força que levanta e sem temor avança.
É chama que reluz em chão desconhecido
e funda um novo sol pautado na mudança.
É verbo em pleno ar, no tempo concebido,
semente que floresce em meio à dor que cansa.
Não teme a dura face ou golpe desmedido,
pois nasce da raiz que abriga o sonho em dança.
É Fé que se desdobra em gesto e nova Era,
não para contemplar, mas para ser o ninho
que abraça o coração e aquece o chão que espera.
Por isso, que a esperança alenta audaz quimera,
com base em doce Fé que brota do espinho
e muda o Inverno-dor em luz da Primavera.
Rio de Janeiro, 18 de junho de 2025 - 17h10
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz